Ao olhar para os livros em uma biblioteca, em uma livraria, ou simplesmente dispostos organizadamente em uma estante caseira, penso no tempo desprendido pelos escritores. Tais obras, por certo foram realizadas por homens que sonham, homens que mesmo sem saberem se tornaram ou estão se tornando imortais – obreiros. Olho para os livros e me asseguro que muitos de seus escritores não tinham a dimensão de quantos lares chegariam e se perpetuariam, muito menos tinham precisamente a noção de quantas vidas seriam impactadas por suas sacrificantes horas dedicadas à realização de tais obras.
É perceptível que para os que sonham com a imortalidade, precisam ter ações que quebrem paradigmas. Não há contentamento em uma vida que não se realiza. Não será percebida, contada, imortalizada uma pessoa que apenas passou por ela. O que irão contar sobre essas, até quando se lembrarão de seus rostos? Martin Luther King, sonhou e, seu idealismo se materializa e o eterniza em qualquer lugar do mundo onde existe um sopro de segregação, ele se torna onipresente por seu sonho um dia sonhado (que me perdoem o trocadilho). Essa mensagem é para todos, mas, sobre tudo, àquele que possui pouca certeza de quem é, ou o que quer; no entanto, menos ainda sabe para onde vai em vida.
Nascer é um desafio absurdo, sobreviver exige um trabalho hercúleo. O existir não é linear e perfeito, na verdade, a vida não existe se não houver luta pela sobrevivência, seja das mais simples às mais extremas dificuldades representadas em fases. A vida pelo simples fato de ser, possui seus altos e baixos, pois, da imperfeição ela se torna perfeita.
Ao ir a um velório e, chegando ao cemitério, observe o traço entre a data de nascimento e a data de falecimento na lápide de alguém. Ao refletir, veja que o traço demonstra a caminhada, ali está um livro do que se realizou e daquilo que deixou de realizar . Quem terá acesso àquela obra para dizer de suas realizações? Sobre como viveu, seus erros, seus acertos, seus sorrisos e seus choros, sua paz e suas guerras. Significa ainda, o quanto não valeu a pena ou o quanto valeu demais ter vivido. Está definido ali o tempo e discretamente o que foi feito com a única vida do indivíduo exclusivo que és na terra.
O início e a partida de uma vida é um bem comum a todos os seres humanos. O que se deve entender é o sentido do existir, para quê nasceu e qual é o seu legado a ser desenvolvido na terra dos viventes, firmar os passos no caminho, e realizar sua obra. Ao olhar um livro, é possível perceber que um escritor jamais morre.
Felicidades!!!
@welllivros
Bravo!!!
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Bravo!!
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