A bíblia é uma coletânea de livros de sabedoria, e sim, de revelação seja dos tempos passados, presente ou do tempo vindouro. Tais percepções podem ser nítidas tanto nos livros do pentateuco, históricos, poéticos, nos evangelhos sinóticos ou cartas paulinas, nela é possível aprender lições do Gênesis ao Apocalipse.
Uma maioria esmagadora no mundo leem a bíblia. Dentre essa multidão, estão os que a leem devido a sua religião, outros devidos aos estudos nos vários campos humanísticos; ainda tem aqueles que a leem por curiosidade ou porque percebendo-a, encontrou nela a riqueza do conhecimento e, nesse sentido, estuda para pautar-se em argumentos e debates sobre, mesmo às vezes não confessando nenhuma religião.
Tanto a pessoa que lê a bíblia para autoconhecimento, quanto à aquela que se interessa mas não confessa religião, assim também aqueles que não leem, mas, dizem do que ouve falar, são as mesmas que contribuem para a expansão do livro sagrado no mundo. Ainda hoje a bíblia é o livro mais vendido e o mais lido na terra; portanto, também é o mais debatido nas questões da vivência humana.
Existem aqueles que apesar de ouvir sobre, e ainda discutir sobre, nunca leram um capítulo inteiro, essas pessoas não são difíceis de encontrar. Muitas julgam a conhecer, porém de fato poucas a conhecem. Discussões sobre seu conteúdo, seja em amplitude ou em temas pontuais são possíveis de encontrar geralmente em roda de amigos, entre família, no trabalho, dentre outros grupos. Com um olhar mais atento, talvez seja possível perceber que muitos desses debatedores se enquadram exatamente no grupo daqueles que nunca leram ou em um grupo de pessoas que pode ser terrivelmente massa de manobra devido ao fato de conhecê-la apenas de ouvir falar, e, dessa forma, os dizeres bíblicos são distorcidos, incompletos, sem contextos e perigosamente adequados a um contexto conveniente, consequentemente herético e, sobre tudo, produz preconceito em relação a bíblia.
Há pessoas que não a leem por achar que é um livro arcaico, sexista, preconceituoso, pouco intelectual, patriarcal, religioso, manipulador, etc. Criticar aquilo que apenas ouviu falar é deixar-se manipular, manobrar. A própria bíblia conta a história de Felipe, empenhado a pregar, encontra um homem lendo parte das escrituras, ao fazer contato com este homem viajante, afim de instruí-lo sobre o que lia, pergunta ao interessado: entendes o que lê? Daí, passa a explicá-lo.
Assim estão algumas pessoas, acham a bíblia difícil, não entendem ou já iniciam suas leituras de forma preconceituosa. Existem aquelas que tem repulsa desse livro sem jamais ter lido. A primeira coisa que deve ser observada para alguém que quer se intelectualizar é se ela já leu a bíblia de forma sistematizada, e, isso não tem nada haver com religião ou religiosidade, tem haver com a história da humanidade, a cultura tanto do oriente como do ocidente e sobre tudo, antropologicamente falando, tem haver com a visão de um todo. A formação do oriente médio seja nos períodos pré-históricos (paleolítico, neolítico, Mesolítico) ou na divisão da história propriamente dita (antiguidade, idade média, moderna e contemporânea), passam pelo contexto bíblico, seja pré-testamentário, intertestamentário ou testamentário.
Muito do que se sabe da história humana, cidades, impérios, estilo de vida, buscou-se evidenciar à partir da bíblia. Sem ela, sem os conceitos religiosos cristãos, inclusive, a história estaria fadada a não ter história com o teor que se apresenta. No entanto, sobremodo é importante e impossível deixar de observar fatos bíblicos na atualidade. Um número majoritário de pessoas espalhadas pelo mundo, fundamentam sua prática de vida, sua fé, na convicção daquilo que a bíblia diz sobre um Deus, sendo ela a palavra Dele próprio para o ser humano.
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