Mateus 6.10 – Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
venha o teu reino, seja feita a tua vontade, […]
Acordei com essa parte da oração do Pai Nosso em minha mente.
“Venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como é no céu”.
Você já parou para pensar no que Jesus orou e nos ensinou?
Penso que ele estava a dizer: “arranque o meu reinado, tudo que me governa que te desagrada; arranque todo o meu controle e, que nada seja domínio mais meu – venha o teu Reino, reine em mim, por mim”. Mais ou menos assim que penso.
Dura coisa pediste. Na verdade, se pensássemos melhor, dado a nossa natureza, não teríamos a capacidade de pedir isso. Precisamos até mesmo ter o cuidado ao orar dessa forma, como tão costumeiramente fazemos. No fundo, não gostaríamos de pedir isso, pois, se você é como eu, e acredito que há muitas semelhanças quanto a nossa natureza humana, queremos sempre governar, controlar.
Paulo entendeu que para ter sucesso, sua carne é limitada, sua visão é deturpada. Precisou “crucificar-se” – “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus” (Gl 2:20). Para que seja estabelecido em nós o governo de Deus, o nosso controle tem que ser desacionado, temos que nos curvar, entrar para o quarto e falar com Ele, chorarmos verdadeiramente de dor na alma, de angústia e nos arrepender – isso é morrer para nós mesmos.
Só com arrependimento é possível a redenção. Assim, o novo Dele ressuscita-nos em semelhança visível, com a natureza do Cristo ressuscitado, o qual a Deus tudo entregou ao Pai. Sendo mais direto, só há um jeito do Reino de Deus habitar em nós, morrendo para nós mesmos; abrindo mão do eu, e, isso é difícil.
Seja feita a tua vontade. Se não passarmos pelo processo da morte do ego, da morte do eu, que por sinal é um processo de dor, de perda, de ressignificação, a nossa vontade sempre vai querer assumir o controle da situação. O eu cala e afasta a vontade de Deus em mim e em você.
A vontade de Deus exige que não nos amoldemos ao padrão das coisas nocivas que vivenciamos, que nos rodeiam. É necessário ter uma renovação da mente, sermos críticos diante das diversas situações que a vida nos apresenta, é aprender a dizer não aos nossos desejos, que por vezes é a razão pela qual entramos em muitos caminhos embaraçosos. Preste bem atenção se a maioria dos problemas que enfrentamos hoje, não fomos nós mesmos que provocamos.
Ainda que doa, eu preciso e você precisamos entregar a Ele o governo daquilo que por muitos anos, por muitas vezes tentamos governar, controlar, segurar, e, não deu certo. Parar de ignorar a voz que lá no fundo diz: não faça, está errado. Ainda que seja prazeroso, vantajoso, nem sempre é a vontade de Deus para nós.
Seja feita a sua vontade diante dessa causa. Não a pressão social, não aquilo que os outros vão pensar, não para falta de caráter, não para o orgulho e o medo. Estejamos com o olhar atento à simplicidade, levar a vida com coragem e otimismo; buscando a vontade de Deus em tudo, observando Jesus Cristo como padrão para as questões mais difíceis do dia a dia; que então para esse tempo, Deus em nós, Jesus seu filho, seu modelo em nós, ele é a esperança de uma glória eterna da qual experimentaremos e comprovaremos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12. 2)
Que então para mim e para você, a palavra de Deus seja Lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho ( Sl 119:105).
A Paz que excede todo entendimento esteja sobre nós.
Abraço!!!